Região quer manutenção do regime de quotas leiteiras até à data prevista de 31 de Março de 2015.
Os Açores defendem – como está previsto nos regulamentos comunitários – a “manutenção do regime de quotas leiteiras até 31 de Março de 2015” e que, até lá, “sejam estudados, em profundidade, os impactes de natureza económica, social e ambiental decorrentes da eventual abolição desse regime”.
A informação é do secretário regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, e foi expressa hoje à tarde, na cidade da Horta, na sequência das declarações que foram proferidas segunda-feira, no Parlamento Europeu, pela comissária europeia da Agricultura.
(...)
Noé Rodrigues insistiu, ainda, na necessidade de haver, também nos Açores, um debate alargado sobre esta questão “para, na eventualidade do desmantelamento do regime de quotas, estarmos preparados para propor alternativas e regimes sucedâneos que consigam conter alguns impactes negativos resultantes da eventual abolição do actual”. - in Gacs
Para quem, há bem pouco tempo, se recusava a aprovar no parlamento açoriano uma proposta de resolução para forçar a manutenção do regime actual, acordou com o abrir de boca da Srª. Comissária Europeia.
Mas, mais espantoso, para quem já Governa os Açores há mais de 10 anos, agora é que se lembrou que temos de pensar nos impactos, sendo que, no chumbo da proposta de resolução, se recusou a aceitar que "que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores recomende ao Governo Regional a adopção de iniciativas conducentes ao conhecimento do impacto socioeconómico na Agricultura, na indústria transformadora e na economia Regional da abolição do sistema de quotas leiteiras."
Mais uma demonstração da política de imediatismo, a reboque do momento, sem visão e sem objectividade.
Mau feitio? Teimosia? Prepotência? Tudo isso?
Na ilha Graciosa faz falta discutir o futuro, propor alternativas, opinar, ouvir, exigir e procurar alcançar o bem comum. Este espaço pretende dar um contributo. Não teremos sempre razão nem seremos donos da verdade, queremos apenas ser uma pedra no sapato da inércia, da falta de visão e imaginação, do imobilismo estratégico e da cultura do "yes man". Temos uma tarefa difícil, temos de partir muita pedra mas não nos importamos, o burgalhau é sempre útil!
quarta-feira, novembro 15, 2006
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