Já passaram alguns anos, largos, que foi exibida na RTP a série Pedras Brancas, bem como outras produções, algumas de qualidade, no tempo em que só existiam os canais de televisão do Estado.
Nessa altura não havia medições de share de audiência nem isso interessava saber. Todos viam a RTP e alguns a RTP2 (no continente, claro).
Posso por isso especular que aquelas séries e produções com paisagens e vivências Açorianas eram vistas por 5 ou 6 milhões de pessoas, ou mesmo 4 ou 3, mas pelo menos tanto ou mais do que os que assistiram à nova coqueluche de Carlos César.
Algum dos iluminados do marketing turístico que deambulam no rasto das migalhas que sofregamente obtêm do poder saberá em que é que isso nos fez aumentar o turismo? Sendo inegável que divulgou a região tal como agora faz esta novela.
Ah, não vale dizer que dantes não havia turismo, porque, ainda que sendo verdade, hoje não é a classe média e baixa que vê a TVI que visita os Açores ou sequer que vai visitar (se é que é esse mercado de turistas que se pretende, mas enfim!).
Esses (classe média e baixa) podem até conseguir um fim-de-semana de época baixa em S. Miguel, mas pelo mesmo preço vão acampar um mês para a Caparica ou para outra praia, isto se tiverem férias, coisa que hoje muitos nem se dão ao luxo de conseguir.
Em 2004, apenas cerca de 4.303 mil Portugueses gozaram férias, o que corresponde a pouco mais de metade da população Nacional com mais de 15 anos.
Se pensarmos que a situação não melhorou muito de 2004 para cá, ficamos a saber que não são estes que virão aos Açores tão cedo.
Os outros será que andam a ver novelas da TVI?
Na ilha Graciosa faz falta discutir o futuro, propor alternativas, opinar, ouvir, exigir e procurar alcançar o bem comum. Este espaço pretende dar um contributo. Não teremos sempre razão nem seremos donos da verdade, queremos apenas ser uma pedra no sapato da inércia, da falta de visão e imaginação, do imobilismo estratégico e da cultura do "yes man". Temos uma tarefa difícil, temos de partir muita pedra mas não nos importamos, o burgalhau é sempre útil!
terça-feira, março 27, 2007
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