José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, desvalorizou as sucessivas manifestações populares de descontentamento para com o seu governo, acusando os manifestantes de serem instrumentalizados pelo partido comunista.
Ontem Francisco Coelho, líder parlamentar do PS na Assembleia Legislativa dos Açores, fez um discurso que deixou o ministro de Sócrates paralisado, ao ponto deste nem aplaudir a intervenção daquele seu camarada.
Este aumentar de tensão entre o PS regional e o "seu" governo na República tem duas interpretações distintas mas interdependentes:
Por um lado, o PS Açores acordou tarde para a realidade centralista do governo Sócrates. O PS Açores ignorou os sinais e andou a assobiar para o lado desde que Sócrates conquistou o poder. Agora queixa-se. Mais vale tarde do que nunca.
Por outro lado o PS Açores pretende capitalizar, a um ano de eleições regionais, o descontentamento do povo açoriano para com o Governo da República. Aliando a isto a extrema necessidade de desviar as atenções sobre a ausência de resultados na governação dos Açores.
Trata-se de uma hábil estratégia eleitoral mas que demonstra o quanto este PS Açores tem andado distraído quanto à governação do país e quanto ao bem governar os Açores.
Na ilha Graciosa faz falta discutir o futuro, propor alternativas, opinar, ouvir, exigir e procurar alcançar o bem comum. Este espaço pretende dar um contributo. Não teremos sempre razão nem seremos donos da verdade, queremos apenas ser uma pedra no sapato da inércia, da falta de visão e imaginação, do imobilismo estratégico e da cultura do "yes man". Temos uma tarefa difícil, temos de partir muita pedra mas não nos importamos, o burgalhau é sempre útil!
terça-feira, outubro 09, 2007
Será Francisco Coelho Comunista?
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