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terça-feira, maio 04, 2010

Magalhães por "el cano"

Fernão de Magalhães foi o navegador Português que planeou e comandou a expedição marítima da primeira viagem de circum-navegação da Terra.
Mesmo não concluindo a viagem, tendo morrido numa batalha nas Filipinas, o seu feito perpetuou-se no tempo e deixou o seu nome associado à época áurea dos grandes navegadores.
Fernão morreu a 27 de Abril de 1521.
Exactamente nesse dia, 489 anos depois, o Governo dos Açores põe termo à fábula informática despoletada pelo afã propagandístico de Sócrates e César, associada ao nome do excelso navegador e que levou milhares a adquirir uma máquina que nunca poderia cumprir com a odisseia a que se propunha.
E nunca o poderia cumprir porque não é expectável que o computador Magalhães possa completar 4 anos de escolaridade em condições de uso e de utilidade.
A decisão de não voltar a adquirir os ditos portáteis resolve uma série de problemas que se anteviam mas que, na ânsia do populismo fácil e de um eleitoralismo primário, foram menorizados ou ignorados.
Desde logo, toda a distribuição e entrega foi um fracasso pedagógico vertido em autêntico "bullying" oficial para com crianças que viam alguns receber a prenda eleitoral, mas que não chegava a todos.
Depois, a pseudo assistência técnica nunca poderia funcionar nos Açores pois não é expectável que perante a necessidade de remeter a máquina para arranjos para um qualquer local no continente se gaste mais em portes de correio do que o preço do produto.
Além disso, e atendendo ao enorme número de crianças de fracos recursos que receberam um computador grátis, já se esperava que o descaminho e o "mercado negro" fosse uma opção por mais uns cobres para necessidades imediatas.
O Governo veio agora afirmar que haverá portáteis nas escolas para "rodarem" pelas turmas, tentando levar as novas tecnologias a todas as crianças.
Mas esta opção não parece assentar em critérios verdadeiramente ponderados, levantando várias questões.
À cabeça, e fruto do desnorte socialista, constata-se a insuficiência das escolas açorianas em proporcionar ambientes adequados à aprendizagem das novas tecnologias e ao seu uso para o aprofundamento de conhecimentos, em oposição ao uso envolto em riscos e pouco cuidado.
Afunda-se o "e-escolinha" sem honra nem glória!
O nobilíssimo Fernão cumpriu a sua missão. Programou e executou o seu projecto e, não o tendo acompanhado até final, tal não impediu o sucesso da missão que acabou por completar-se sob o comando de Juan Sebastián del Cano.
Por "el cano" abaixo seguem o magalhães e o "e-escolinha".
Qualquer semelhança histórica fica-se pela pura e simples coincidência.

Pubicado no Diário Insular de 04/05/2010

1 comentário:

antac13 disse...

Pois é companheiro, os velhos do Restelo, como tu, já existiam na época do 1º Magalhães. Para ti a noticia: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?fokey=ex.stories/577570&p=stories&op=view&commentsort=L#ord