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Santa Cruz da Graciosa

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terça-feira, novembro 15, 2011

Mais um Plano, o último!

O Governo Regional e o Partido Socialista preparam-se para aprovar o seu último orçamento e plano anual regional.
Já, em outras alturas, alertei para o esquecimento a que a ilha Graciosa vem sendo votada nos sucessivos planos regionais.
Naturalmente que, com 16 anos de poder, algumas coisas foram sendo feitas que agradaram aos Graciosenses que, democraticamente têm votado maioritariamente na continuidade de Carlos César.
Mas a verdade é que, com o decorrer dos anos, é cada vez mais notória a insuficiência de políticas e de investimentos que evitem o êxodo de ilhas como a Graciosa, e que não institucionalizem o envelhecimento da população e a desertificação como fatalidade futura.
A realização de algumas obras emblemáticas ao longo de 16 anos não pode continuar a servir de desculpa para o fracasso nos resultados de sustentabilidade das ilhas mais distantes, ou mais vulneráveis aos fenómenos que uma crise económico-social provoca.
Claro que aqueles que suportam o actual Governo Regional atiram sempre com a questão: Então isto não foi bem feito? E aquilo não foi bom?
Claro que sim, claro que houve aspectos que ressaltam pela positiva numa análise direccionada à apreciação do pormenor.
Mas essa análise acaba por ser desmentida por uma apreciação global dos resultados obtidos com esta forma de fazer política e de gerir os Açores. No fundo é uma abordagem que se deslumbra com a árvore mas que esquece a floresta.
Mais uma vez, e por mais um ano, neste caso o último, o Governo apresenta um plano anual para a Graciosa que consagra a teoria política de gestão de expectativas. Limita-se a inscrever algumas promessas eleitorais com verbas irrisórias ou apenas em projecto, como o caso da prometida marina que tem apenas 57 mil euros orçamentados, ou o caso do novo matadouro que não passa de um projecto, ou ainda da estrada Limeira-Porto Afonso que em conjunto com a rotunda do novo Centro de Saúde têm apenas inscritos 380 mil euros!
Por outro lado, ou se quisermos, pelo lado que mais nos interessa em termos de aproximar a Graciosa do resto dos Açores, o Governo já desistiu de inverter o rumo das políticas de mobilidade de pessoas e bens, dependentes em exclusivo dos transportes aéreos e marítimos. E inverter esse rumo significa mudar de estratégia e consagrar também parte das receitas dos impostos de todos os Açorianos em verdadeiras políticas de coesão, que diminuam as assimetrias e possibilitem, à ilha Graciosa, uma nova esperança de fixação de gentes e criação de riqueza.
Não perceber isso é continuar a falar da obra feita, mas esquecendo que ela se dirige às pessoas.


Publicado no Diário Insular e Rádio Graciosa

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