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segunda-feira, maio 12, 2014

Opinião: Cartão vermelho e cartão de crédito

Em campanha para as eleições europeias, o líder parlamentar do PS nos Açores veio pedir o voto dos açorianos como um cartão vermelho ao governo da república!
Porquê? - Por causa da austeridade imposta nos últimos anos!
Desportivamente, Berto Messias quer distribuir um vermelho direto numas eleições em que se escolhem deputados e famílias políticas na Europa.
Qual Europa? - A mesma que após doze avaliações e concluído o programa de assistência e, sublinhe-se, de ajustamento, dá por terminada a subjugação do país ao castigo da austeridade.
O PS nos Açores quer dar vermelhos à Europa, precisamente numas eleições europeias.
De cabeça perdida no jogo, o PS quer expulsões aproveitando a impopularidade do adversário que “carregou o piano” durante toda a partida.
Ironicamente, um partido que tem um deputado elegível nas europeias, passa um atestado de desinteresse à sua lista de candidatos. Também, pudera, o cabeça de lista do PS foi o líder parlamentar que lutou pela sobrevivência política do governo que afundou Portugal, o tal que parece achar que um Clio é um “WolksWagen” (do alemão: carro do povo), indigno de um líder parlamentar do PS. O melhor, portanto, é que nem se fale na candidatura europeia do PS.
Não bastasse o PS querer ver-se livre do adversário, a sua família europeia já confunde o que querem os socialistas do sul - deste cantinho à beira-mar plantado com umas ilhas no meio do atlântico - e assistimos ao líder dos socialistas europeus a desmentir constantemente as promessas dos socialistas portugueses.
O melhor mesmo para o PS é que nem se fale de Europa, não se fale de verdade e de realismo. Melhor mesmo é falar-se mal do Governo da República na saída de um programa que, durante três anos, apenas teve oposição populista do PS e do Governo dos Açores.
Que nem se fale de Europa e de como estamos a afastar-nos do “el dourado” comunitário. Estamos mais pobres e menos capazes de enfrentar o futuro, por isso o melhor é falar-se de outras coisas. Nada melhor que não se falar no caos que está o PS e o Governo dos Açores. Fale-se então do rio de euros que está para chegar. Milhões até 2020, um verdadeiro cartão de crédito eleitoral. Falemos nisso e contra o Governo da República.
Assim, talvez as pessoas se esqueçam de que greves estão é a acontecer aqui, desemprego está a piorar é por cá, demitem-se gestores de topo é nos Açores!
Se o cartão vermelho pedido pelo PS de Berto Messias, Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila tivesse uma analogia desportiva recente era mais ou menos como a tentativa de expulsar um jogador do Benfica na véspera do jogo, movendo-lhe um processo disciplinar.
São práticas que já habituaram os açorianos.
A conversa do PS para a campanha das europeias não abona em nada com a importância dos assuntos que estão em cima da mesa. Mas, também, verdade seja dita que o atual PS dos Açores é uma hipérbole do “princípio de Peter”, todos são promovidos ao grau da sua incompetência!
Por isso querem que se fale de cartões, sejam vermelhos ou de crédito.
(Rádio Graciosa, Diário Insular, Açoriano Oriental)

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